segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Músicas...

Não faltam por aí indivíduos que dizem tocar guitarra. E, na verdade, até tocam uma ou outra música, divertem o pessoal nas festas, cantam os hits do momento com os acordes plasmados num qualquer website, julgando-se uns verdadeiros ases das cordas.
Agora, imaginem o médio ofensivo do Pontassolense a testar as suas habilidades junto a Kaká. Porque é exactamente essa desproporção que existe entre os senhores que eu apresento e um vulgar tocador de guitarra.
Al Di Meola, Paco de Lucia e John McLaughlin são a elite das guitarras. 90 e muitos % dos outros que pegam nesse instrumento nao são mais que modestos amadores.
Aqui fica "Mediterranean Sundance".

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Chewing gum

Esfregar esferovite produz um som agundo extremamente irritante, porém tolerável. O barulho do giz no quadro consegue tirar do sério muita gente, mas ainda á suportável.
Insuportável é ouvir, de rajada, "The Story", "Encosta-te a mim", "Hey There Delilah" e "Sweet About Me"... Um verdadeiro poker de dores de cabeça.
O raio das músicas ultrapassam nas rádios e mesmo na televisão os limites do absurdo. Já percebi que o tipo está muito triste pelo facto de a sua amada ir estudar para NY; já me fartei do toque pseudo-anárquico de Gabriella Cilmi que diz que the world is a better place when its upside down; e duvido que viva os mais de 100000 anos de Jorge Palma se continuar a ser presenteado com a sua bela musiquinha. Mais! Quando Nelson Évora brilhantemente conquistou a medalha de ouro, fazendo esvoaçar mais alto que as demais a bandeira lusitana, ouvi mais vezes "The Story" como música de fundo do que o hino nacional...
Na apresentação de fotos do último casamento em que estive presente, lá ive que ser brindado com o malfadado pranto de miss Carlile.
Essas quatro melodias tive o azar de escutar precisamente no momento de maior produção do meu estudo. Em caso de reprovação, creio que desta vez a culpa não morrerá solteira.

domingo, 14 de setembro de 2008

Dura Praxis...

"E as praxes? Como é que são aqui? Pintam-nos muito a cara? Onde é que me inscrevo?"
Estas e muitas, muitas outras perguntas me esperam amanhã.
Todos sentem um misto de curiosidade e de receio. Todos trazem ideias pré-concebidas. Mas poucos têm uma ínfima noção do que efectivamente se trata.
Na sexta-feira passada, passava eu tranquilamente junto da minha antiga escola secundária, quando me deparo com os foliões. Teria o Carnaval chegado uns meses adiantado? Depressa me apercebi que não era disso que se tratava. Viajei 5 anos na minha memória e lá compreendi: tinham começado as "praxes".
Os pobres coitados do 10ºano vinham todos rabiscados em tudo quanto era pele, cantavam o hino nacional em cima de um qualquer banco do recreio, eram amarrados a um poste e pronto! "Acabou de ser praxado, muitos parabéns! Agora já é um de nós..."
Correndo tudo dentro do previsto, três anos depois cairão de pára-quedas num qualquer estabelecimento de ensino superior, julgando que ao fim de uns dias de "tremendo sofrimento físico e mental" tudo termina.
É aqui que realmente se compreende a distinção entre as praxes e a Praxe. Numa há efémera e fútil paródia, noutra eterna e dura aprendizagem. Numa há igualdade (desigual) de indumentárias entre os praxistas e os praxados, noutra há uma capa negra a marcar toda a diferença entre o autoritário e o submisso. Numa todo o aparato desmboca num profundo nada, noutra qualquer nada é feito para o todo, um todo com um fundamento oculto, tão concreto quanto difuso, tão lógico quanto incompreensível.
Numa, o espírito morre embrionário.
Noutra, o espírito finda connosco entre apertadas paredes.

Como são as "praxes"? Eu respondo...

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Impaciência

Carlos Queiroz, na véspera da sua estreia como seleccionador nacional em jogos oficiais, proferiu na conferência de imprensa a seguinte frase/aviso:

"No United trabalhamos quatro anos para conquistarmos um título europeu. Aqui na selecção, ao fim de quatro treinos, já nos pedem para sermos campeões do mundo."

Hoje fomos, ainda que injustamente (palavra mais inútil do léxico futebolista), vergados no nosso país por uma Dinamarca que soube aproveitar as oportunidades. Portugal deslumbrou, marcou, voltou a deslumbrar, desperdiçou, desperdiçou e... sofreu.
Debaixo de um tremendo coro de assobios, os nossos atletas deixaram o relvado.

Quando não há frieza de campeão para matar jogos em momentos decisivos, jamais se pode pedir campeonatos. E a impaciência do povo luso de que Queiroz falava a nada ajuda.

Vamos ter paciência e dar tempo ao tempo, ok? Não me parece ser muito difícil.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Músicas...

Após duas entradas falhadas devido a problemas técnicos, com o público já a desesperar e a insultar a organização do festival, os Franz Ferdinand lá conseguiram incendiar a Zambujeira do Mar. De tal modo que passei a semana seguinte a trautear a "This Fire"...
A banda escocesa vai para mais um álbum de originais, que promete não defraudar as expectativas dos seus admiradores. Estarei seguramente atento para ver o que Alex Kapranos e seus compinchas nos reservam.
Por enquanto, deixo aqui no Who Cares a tal música que teimava em não sair-me da cabeça:



(Peço desde já desculpa por não apresentar juntamente com a música o respectivo videoclip oficial, bloqueado pelos autores)