segunda-feira, 7 de abril de 2008

Show me your identification!

Convencionalmente, quando nos pedem qualquer documento de identificação, apresentamos o bilhete de identidade. Diz tudo aquilo que é preciso saber sobre nós; aliás, até nos atribui um número com 8 dígitos, não vá haver qualquer tipo de confusão ou repetição.
Por norma, esse cartão acompanha a pessoa na carteira, sendo apresentando apenas quando estritamente necessário. Como é óbvio, ninguém o usa ao pescoço, para que toda a gente o veja. Na verdade, e na maioria das vezes, até preferimos que nenhuma pessoa lhe ponha a vista em cima.
Porque será?
a) Porque a minha mãe tem um nome que parece uma distribuição aleatória de letras
b) Porque nasci numa terriola algures no interior, tipo Sto Isidro do Montejunto
c) Porque a minha caligrafia é quase ilegível

Nada disso...
A verdade é que um dos requisitos do B.I. é a foto do indivíduo. E que atire a primeira pedra quem nunca ouviu frases como:

-"Ahhh... És mesmo tu? Nem pareces o mesmo!"
-"Que cabelo é esse?" (é a que eu mais oiço... vá-se lá saber porquê)
-"Jesus, que cara de miudinho!"
-"Tavas mais magrinho/gordinho aqui..."
-"Kakakakakakaka...."

Além disso, depois de ver a foto, ninguém mais repara no resto... Nem mesmo que aquando da data de emissão medias 1,37m.
Sentimos que temos um alter ego, um Mr.Hyde que persegue Mr.Jeckyl para todo o lado, sempre disposto para o assombrar a qualquer momento.
Para consolação de minha penada alma, em 2010 vou poder dar um novo look aos registos. No entanto, por muito que não queira, em 2020 esse traço da minha figura já estará convertido em heterónimo...

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